Hoje,
dia 11 de maio de 2024, nós do Ingaense preferimos falar de perspectiva: do
presente para futuro, de sonhos para realidade, de projeções para investimentos,
e é óbvio, claro, sem esquecer de nossas raízes mais profundas... expansionadas
e afincadas nas experiências vivenciadas e construídas no passado.
Hoje
iremos falar de um tema que nos convida a reflexão: a identidade musical do
Ingaense. Afinal de contas, de onde ela veio, como foi sendo construída e até
que ponto podemos afirmar que ela é uma das nossas heranças culturais? Refletir
do nosso lugar de sujeito, de indivíduo, nos direciona a pensar sobre os
espaços e as contribuições que damos para a legitimação ou existência de cada
um de nós, e, como tais, nunca assumimos o lugar de passividade quando
compreendemos que é a partir do sentimento de coletividade que se constroem as
identidades e os lugares de cultura e de saber.
Passamos
a existir a partir daquilo que realizamos. As glórias do passado nos envaidecem.
No entanto são as ações do presente que nos orgulham, nos direciona e nos
fortalece.
É por meio das inquietações do presente que
somos arremessados em direção a um prisma de sensações e possibilidades que nos
instiga a seguir. E isso nos causa arrepios, nos projeta de encontro a um
ambiente de sensações e de direcionamentos onde nós nos encontramos e nos
perdemos em meio a um eterno flerte do presente com o passado, buscando no futuro
os prazeres de um (a) amante incerto (a), arredio (a) porém, nem por isso, nenhum
pouco menos desejado (a).
É
sobre essa história das sensibilidades ( da música ingaense) que nós atemos
aqui. Nos apropriamos de seu método para falar sobre musica e músicos. Sobre
bandas e pertence.
Para
isso, nós do Blog O Ingaense, convidamos para uma conversa o jovem acadêmico de
musica da UFCG, Weskley Weiber Palhano de Morais.
Trombonista,
trompetista e regente, Weskley é musico, nascido na cidade do Ingá, Pb, e tem
corrente em suas veias a tradição de pertencer a uma família de músicos ingaenses,
onde o maior representante do clã foi o seu bisavô Manoel Pequeno de Madeiros,
antigo musico da Banda 31 de Março.
Weskley
ingressou na Escolinha de Música 31 de Março em no ano de 1997, sob a tutela do
Maestro Eufrásio Pereira Filho, e, ainda hoje compõe o quadro de músicos da
referida banda. Sem negar a tradição de músicos a qual pertence, ele utiliza a
sua arte e o seu dom para contribuir com a continuidade e sobrevivência de
nossa identidade. E isso ele faz regendo a Banda da Escola Professor Rangel.
Como
parte da sua experiencia adquirida nos longos anos de aprendizagem na Escola da
Banda 31 de março e com seus familiares, Weskley percebeu que era preciso mais.
Era preciso se qualificar. E isso se deu a partir do momento que ele ingressou no
curso de Licenciatura em Música da UFCG.
Weskley
nos aviva na memória a maestria dos grandes músicos ingaenses quase esquecidos
no passado. Porém é importante lembrar que o passado vive inerte, quase
adormecido. Enquanto o presente se faz dinâmico, traça, guia, escolhe e segue
seus caminhos almejando um horizonte onde a luz se faz e a música é sempre
ouvida.
Há!
Feliz dia das Mães para todas as mães ingaenses e em especial para Dona Neves e
Valquíria!
Alexandre, um povo ou uma cidade em que não há música nem músicos é um povo ou uma cidade com parte de sua memória mutilida. Lembro que na década de 70 perguntei a Zé Olavo, dono do cartório da cidade de Ingá, qual o ritmo musical que melhor nos representava (Ingá) e ele prontamente respondeu : a Ciranda. Muito bom saber que além da Ciranda temos o Weskley e você, Alexandre que não deixa a memória de nossa querida Ingá ser sepultada. Ingá musical é outro nível!
ResponderExcluirO anônimo, na realidade, é Carlos Herriot
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