domingo, 12 de maio de 2024

NA TRADIÇÃO DA MÚSICA INGAENSE: O passado e o presente projetam o fututo!

 

Hoje, dia 11 de maio de 2024, nós do Ingaense preferimos falar de perspectiva: do presente para futuro, de sonhos para realidade, de projeções para investimentos, e é óbvio, claro, sem esquecer de nossas raízes mais profundas... expansionadas e afincadas nas experiências vivenciadas e construídas no passado.

Hoje iremos falar de um tema que nos convida a reflexão: a identidade musical do Ingaense. Afinal de contas, de onde ela veio, como foi sendo construída e até que ponto podemos afirmar que ela é uma das nossas heranças culturais? Refletir do nosso lugar de sujeito, de indivíduo, nos direciona a pensar sobre os espaços e as contribuições que damos para a legitimação ou existência de cada um de nós, e, como tais, nunca assumimos o lugar de passividade quando compreendemos que é a partir do sentimento de coletividade que se constroem as identidades e os lugares de cultura e de saber.

Passamos a existir a partir daquilo que realizamos. As glórias do passado nos envaidecem. No entanto são as ações do presente que nos orgulham, nos direciona e nos fortalece.

 É por meio das inquietações do presente que somos arremessados em direção a um prisma de sensações e possibilidades que nos instiga a seguir. E isso nos causa arrepios, nos projeta de encontro a um ambiente de sensações e de direcionamentos onde nós nos encontramos e nos perdemos em meio a um eterno flerte do presente com o passado, buscando no futuro os prazeres de um (a) amante incerto (a), arredio (a) porém, nem por isso, nenhum pouco menos desejado (a).

É sobre essa história das sensibilidades ( da música ingaense) que nós atemos aqui. Nos apropriamos de seu método para falar sobre musica e músicos. Sobre bandas e pertence.

Para isso, nós do Blog O Ingaense, convidamos para uma conversa o jovem acadêmico de musica da UFCG, Weskley Weiber Palhano de Morais.

Trombonista, trompetista e regente, Weskley é musico, nascido na cidade do Ingá, Pb, e tem corrente em suas veias a tradição de pertencer a uma família de músicos ingaenses, onde o maior representante do clã foi o seu bisavô Manoel Pequeno de Madeiros, antigo musico da Banda 31 de Março.

Weskley ingressou na Escolinha de Música 31 de Março em no ano de 1997, sob a tutela do Maestro Eufrásio Pereira Filho, e, ainda hoje compõe o quadro de músicos da referida banda. Sem negar a tradição de músicos a qual pertence, ele utiliza a sua arte e o seu dom para contribuir com a continuidade e sobrevivência de nossa identidade. E isso ele faz regendo a Banda da Escola Professor Rangel.

Como parte da sua experiencia adquirida nos longos anos de aprendizagem na Escola da Banda 31 de março e com seus familiares, Weskley percebeu que era preciso mais. Era preciso se qualificar. E isso se deu a partir do momento que ele ingressou no curso de Licenciatura em Música da UFCG.

Weskley nos aviva na memória a maestria dos grandes músicos ingaenses quase esquecidos no passado. Porém é importante lembrar que o passado vive inerte, quase adormecido. Enquanto o presente se faz dinâmico, traça, guia, escolhe e segue seus caminhos almejando um horizonte onde a luz se faz e a música é sempre ouvida.

Há! Feliz dia das Mães para todas as mães ingaenses e em especial para Dona Neves e Valquíria!

2 comentários:

  1. Alexandre, um povo ou uma cidade em que não há música nem músicos é um povo ou uma cidade com parte de sua memória mutilida. Lembro que na década de 70 perguntei a Zé Olavo, dono do cartório da cidade de Ingá, qual o ritmo musical que melhor nos representava (Ingá) e ele prontamente respondeu : a Ciranda. Muito bom saber que além da Ciranda temos o Weskley e você, Alexandre que não deixa a memória de nossa querida Ingá ser sepultada. Ingá musical é outro nível!

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  2. O anônimo, na realidade, é Carlos Herriot

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