Do
final da década de 1960 até meados da primeira metade da década de 1970, o Ingá
vivenciou um período histórico onde a tradição cultural e a modernização do espaço
urbano coexistia pacificamente um com o outro. Os ideais de desenvolvimento se
paltava no turismo de visitação as Itacoatiaras, melhoramento educacional, e,
na implantação de uma politica publica voltada para o beneficiamento da saúde de
uma população que ainda curava suas mazelas com chás e efusões e visitas a
rezadeiras.
MATERNIDADE TIBÚRCIO VALERIANO DE OLIVEIRA, A ESQUERDA, EM 1972. FOTO: ACERVO PARTICULAR DO BLOG O INGAENSE |
Durante
os governos dos Prefeitos Zé Grande e Tibúrcio Valeriano de Oliveira, o Ingá
saiu da lama: teve ruas pavimentadas, construção de prédios públicos, escolas inauguradas,
ruas e loteamentos abertos e doados a população ingaense.
Foi
em meio a esse contexto de desenvolvimento e favorecimento do povo do Ingá, que
que foi pensada, e posteriormente construída a Maternidade Tibúrcio Valeriano
de Oliveira, ainda em fins da década de 1960, e que posteriormente daria origem
ao “hospital”, que ora aparece como Hospital Regional do Ingá, ora como Hospital
Geral de Ingá Dr,. Ivo Aragão.
FOTO: 05 DE NOVEMBRO DE 2017 |
FOTO: 13 DE JULHO DE 2019 |
A ideia de se construir uma maternidade para amparar as mães ingaenses partiu do então prefeito do Ingá Tibúrcio Valeriano de Oliveira e sua esposa Neusa Agra, que na época, para arrecadar fundos para a construção do local idealizaram uma Vaquejada, onde autoridades, políticos e o povo foram convidados a participar, como nos mostra a noticia do Diário de Pernambuco de 21 de outubro de 1969)
"Ingá se promove
através de uma vaquejada
Além
da pedra lavrada que é um assunto primordial na imprensa, inclusive no sul do
país com os seus segredos e mistérios que a própria ciência não pode desvendar.
Ingá foi centro de maior concentração Popular domingo último com a realização
de uma vaquejada que se impôs como a maior destes últimos anos na região.
A motivação da
festa
O
empenho do prefeito Tibúrcio Valeriano de Oliveira e de sua esposa Dona Neusa
agra de Oliveira Cariri em dotarem ao município e a região de uma maternidade
compatível com as necessidades da natalidade foi o motivo de uma grande reunião
de Vaqueiros fazendeiros autoridades e o povo que assim obtiveram meios
financeiros para a grande iniciativa de servir nesse específico Campo da saúde.
Para
se ter uma ideia da fluência de autoridades no grande acontecimento registramos
aqui a presença do Senhor Amir Gaudêncio superintendente do INPS da Paraíba, advogado
José Martins de Arruda, General Paz de Lima, interventor Federal de Campina
Grande, fazendeiro, Severino Farias da Fonseca, presidente da ordem dos
Vaqueiros do Nordeste, jornalistas Barroso pontes e Orlando Tejo, Prefeitos
José Ribeiro de Massaranduba, Honório Valeriano de Oliveira de Itatuba,
Belarmino Borba de Fagundes Deusdedt de Olivedos promotor Afrânio Aragão, da
comarca, advogado Nivan Bezerra Gabriel e Rostand Agra, senhores Tibúrcio
Batista da Silva e José de Carvalho Farias, 1º Tenente-médico Ivan Vieira,
odontólogo João Cariri do Nascimento médico Manoel Gaudêncio secretário de saúde
do Governo do Estado, e ainda o prefeito Severino Alves da cidade de Serra
Redonda.
Êxito da
administração
Durante todas as
festividades compreendendo-se sábado e domingo, o prefeito Tibúrcio Valeriano
de Oliveira recebeu encômios de todos os presentes pela grande administração
que vem executando, especialmente no setor da Saúde, da educação, rodovias, com
melhores planos para o desenvolvimento da Agricultura, impondo-se pela
prestimosidade justifica a grande tarimba que vem de outras administrações e de
uma vivência política que lhe consagra liderança no município e na região. Um
dos assuntos que vem de merecer melhor registro é o início da execução do
abastecimento da água da cidade através do convênio com o Banco Nacional de Habitação,
CAGEP e a Prefeitura do Ingá." (Diário de Pernambuco, Terça-feira, 21 de outubro
de 1969).
Ao longo de algumas décadas favorecendo
e atendendo a população pobre do lugar, a antiga maternidade, onde vários ingaenses
chegaram ao mundo (entre eles eu, que nasci amparo pelas mãos de parteira, a
quem aprendi a amar e respeitar como madrinha – Marinha de Zé Pequeno), hoje
tem suas portas fechadas.
É impossível
não se sensibilizar com mais um retrocesso na nossa história em nome do mesmo
progresso que possibilitou o surgimento da dita maternidade.
O
que resta agora é nos perguntar: Que destino terá o prédio da maternidade
do Ingá?
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