domingo, 18 de junho de 2017

AQUILO QUE VEMOS COM OS OLHOS DO PRECONCEITO ESCONDEM AS VERDADES DOS FATOS!

Durante todo o período que a civilização ocidental se utilizou da escravização de africanos para realizar trabalhos braçais, muito dos crimes que foram cometidos pelos brancos contra a cultura e o corpo dos escravizados foi abafado, ou melhor maldito pela história.

Ser negro nessa sociedade em que ao branco cabia tudo, era “normal” prelados estuprarem seus escravos, senhores atearem fogo em seus cativos velhos, crianças negras serem usadas como isca para pescar jacaré, mulheres negras serem usadas em experimentos ginecológicos extremamente dolorosos...



CRIANÇAS NEGRAS ERAM USADAS NA FLORIDA, USA, COMO ISCA PARA PEGAR JACARÉ

MULHERES NEGRAS ERAM USADAS NOS EXPERIMENTOS GENECOLÓGICOS DO MEDICO  JAMES MARION  SIMS EM 1845.


Apesar de todo o sofrimento físico que foi impresso no corpo e na alma do cativo, nada se compara com a violência que foi inscrita contra a cultura e a história do africano no Brasil. Ser negro em uma sociedade onde a cor deveria ser apenas uma característica física, tornou-se o principal motivo para exacerbar e cristalizar preconceito contra a cultura de toda uma gente.
Percebemos o preconceito quando se fala do cabelo do negro, da cor do negro, do cheiro do negro, da religião africana.
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Nesse contexto preconceituoso da história do Brasil em que o negro indubitavelmente é sujeito, ainda falta muito conhecer sobre sua história e sobre a sua cultura. Desde modo, e só assim, poderemos entender e quem nem sempre o que nos ensinaram foi toda a verdade.

"De acordo com o professor Leandro (historiador da UnB) as oferendas deixadas nas encruzilhadas era uma forma dos negros alimentarem seus irmãos escravos que estavam fugindo dos feitores. Os pretos escolhiam lugares estratégicos por onde escravos fugitivos passariam e colocavam comida pesada; carne, frango e farofa porque sabiam da fome e dos vários dias sem comer desses indivíduos e deixavam também uma boa cachaça pra aliviar as dores do corpo e dar-lhes algum prazer na luta cotidiana. As velas eram postas em volta dos alimentos pra que animais não se aproximassem e consumissem o que estava reservado para o irmão em fuga e aí surge o que todos conhecem como macumba. O rito permanece sendo realizado pelas religiões afro como forma de agradecimento e pedidos aos seus ancestrais e em homenagem a seus santos. A cultura branca e eurocêntrica foi quem desvirtuou a prática, para causar medo, terror e abominação e reforçar os preconceitos e discriminações contra os negros. Não tenho religião e não pratico nenhum culto mas gosto de saber que já houve tanta solidariedade no mundo e que as pessoas se preocupavam muito umas com as outras a ponto de fazerem um esforço pra alimentarem alguém mesmo sem conhecerem o seu rosto. Hoje vejo tanta gente em igrejas e igrejas em tantos lugares servindo apenas como instrumento de manipulação e exploração da fé alheia para manutenção do poder. Enfim nós não evoluímos”.

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